Estima-se que, até o final deste ano, o mercado pet brasileiro acumule um crescimento de 12,1% em relação a 2023 – faturando R$ 77 bilhões, segundo projeções da Associação brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação e do Instituto Pet Brasil. E é bem possível que esse crescimento continue em 2025.

Para aproveitar o bom momento do mercado, confira 5 grandes tendências que devem transformar o cenário no ano que vem!

 

1. Cuidados especializados para pets idosos

Pets estão vivendo mais graças ao maior acesso a cuidados veterinários e uma alimentação mais balanceada. Com isso, a demanda por serviços e produtos adaptados a animais idosos deve crescer, com:

• Clínicas veterinárias com foco em geriatria: veterinários especializados em doenças relacionadas à idade, como artrite e insuficiência renal, oferecendo tratamentos personalizados.
• Produtos para acessibilidade e conforto: camas ortopédicas, rampas para facilitar a locomoção e suplementos vitamínicos ganharão mais espaço no mercado nacional.
• Serviços de fisioterapia e acupuntura: terapias alternativas para aliviar dores e melhorar a qualidade de vida, acessíveis em grandes centros urbanos.

Além disso, os tutores brasileiros procuram informações sobre como cuidar emocionalmente de pets idosos, criando uma oportunidade para empresas educarem seus clientes por meio de conteúdo relevante nas redes sociais.

2. Alimentação natural para pets

A preocupação com a qualidade dos alimentos oferecidos aos pets segue em alta no Brasil. Em 2025, o movimento por uma alimentação mais natural deverá estar ainda mais consolidado.

Com isso, podemos esperar uma maior busca por:

• Comida natural congelada: marcas brasileiras estão ampliando a produção de refeições naturais congeladas, prontas para consumo e formuladas por nutricionistas veterinários.
• Snacks naturais e funcionais: petiscos feitos com ingredientes frescos e sem conservantes artificiais são cada vez mais valorizados.
• Dietas caseiras guiadas por profissionais: muitos tutores optam por preparar alimentos em casa, sob orientação de veterinários, garantindo um cardápio saudável e equilibrado.

O Brasil já é um dos líderes em consumo de produtos naturais para pets na América Latina, e a tendência é que mais marcas locais invistam em linhas premium acessíveis ao mercado.

Contudo, é importante que os profissionais de nutrição informem bem os tutores a respeito dos cuidados necessários para manter dietas balanceadas – algo que tende a ser mais desafiador com produtos naturais, em comparação com formulações específicas para as necessidades nutricionais de cada tipo de pet.

 

3. Práticas sustentáveis

Com a conscientização ambiental em alta, os consumidores esperam que as empresas também adotem práticas mais sustentáveis. Essa demanda está influenciando o mercado pet de várias formas:

• Embalagens recicláveis ou biodegradáveis: rações e snacks com embalagens que minimizem o impacto ambiental são bem recebidos pelos consumidores.
• Produtos sustentáveis: brinquedos e acessórios feitos com materiais reutilizáveis, como cordas de algodão ou plásticos reciclados, agradam um segmento do público.
• Apoio a causas ambientais: marcas que promovem ações como plantio de árvores ou parcerias com ONGs ambientais tendem a conquistar a fidelidade de muitos tutores.

Empresas brasileiras que adotarem práticas de sustentabilidade podem atrair novos consumidores e também melhorar sua imagem no mercado.

4. Pequenos pet shops vs grandes lojas

No Brasil, os pequenos pet shops desempenham um papel essencial em suas regiões, mas enfrentam a concorrência acirrada das grandes redes e marketplaces. Em 2025, essa disputa continuará intensa, com diferenças marcantes entre os dois modelos:

• Grandes redes e marketplaces:
  • Investem em variedade de produtos e preços competitivos, atraindo consumidores que buscam conveniência.
  • Oferecem serviços integrados, como banho, tosa e consultas veterinárias, além de sistemas de entrega rápidos.
  • Ampliam programas de fidelidade, oferecendo descontos e promoções exclusivas.
• Pequenos pet shops:
  • Apostam em atendimento personalizado, conhecendo os clientes e seus pets pelo nome.
  • Trabalham com produtos locais e artesanais, que não estão disponíveis nas grandes redes.
  • Criam eventos comunitários, como feiras de adoção e encontros para socialização de pets, fortalecendo a relação com a vizinhança.

O sucesso do seu pet shop, seja qual for o tamanho, dependerá do uso estratégico dos pontos fortes disponíveis.

5. IA em gestão veterinária

As aplicações de inteligência artificial (IA) estão crescendo em todo tipo de setor, e devem se espalhar também para a gestão veterinária, com:

• Agendamento inteligente: sistemas que utilizam IA para otimizar horários, evitando sobrecargas na clínica e reduzindo o tempo de espera dos tutores.
• Diagnósticos assistidos: softwares de análise de exames laboratoriais e de imagem (raio-X e ultrassom) que ajudam os veterinários a identificar doenças com mais rapidez e precisão.
• Gestão de estoques: ferramentas que analisam padrões de consumo e sugerem reposições, evitando desperdícios e reduzindo custos operacionais.
• Monitoramento remoto de saúde: dispositivos simples e acessíveis, como coleiras que acompanham sinais vitais e atividades físicas do pet, enviando dados diretamente para clínicas ou aplicativos.
• Chatbots e assistentes virtuais: sistemas que respondem perguntas frequentes, orientam tutores sobre cuidados básicos e até ajudam a triar casos antes da consulta presencial.

Esses avanços tornam os serviços mais organizados e também aumentam a satisfação dos tutores, que esperam um atendimento ágil e eficiente.

 

O mercado pet no Brasil continuará crescendo em 2025, impulsionado pela preocupação dos tutores com o bem-estar e a saúde de seus animais. Empresas que investirem em cuidados especializados, alimentação natural, práticas sustentáveis e melhorias na experiência do cliente terão grandes chances de se destacar!