Ainda pouco usado no Brasil, este formato de pet shop traz comodidade aos clientes e grandes oportunidades para os empreendedores. Descubra por onde começar e como evitar as armadilhas mais comuns
Um pet shop sobre rodas. À primeira vista, a ideia pode parecer estranha. Mas uma análise simples já basta para evidenciar suas vantagens. Fica, porém, a dúvida: como montar um pet shop móvel? É o que você vai aprender neste artigo.
Flexibilidade, comodidade e novidade
Existem várias boas razões para você investir em um pet shop móvel. A primeira, naturalmente, é que existe demanda para esse tipo de serviço. Afinal, muitos donos de pet dariam preferência a uma empresa que oferecesse a comodidade do atendimento em casa.
Também é preciso lembrar dos bichinhos que ficam muito estressados quando precisam ser levados ao pet shop – seja por conta do deslocamento de carro, seja porque não gostam de ficar afastados de seus tutores por muito tempo. O pet shop móvel resolve essas duas questões em uma única tacada.
Da parte do empreendedor, uma das maiores vantagens é que o investimento inicial necessário é menor do que o de um pet shop tradicional. Os custos fixos também são menores, já que não é preciso lidar com aluguel, luz, IPTU etc.
Outro ponto interessante é que, como a prática é relativamente nova, este é um mercado ainda pouco explorado. Com uma concorrência menor, fica mais fácil se destacar.
Finalmente, há a flexibilidade territorial: com a possibilidade se deslocar, o pet shop móvel pode atender clientes de diversos bairros, e não apenas das imediações.
Por onde começar?
Podemos resumir os requisitos de um pet shop móvel em 5 itens:
- Plano de negócio;
- Veículo;
- Adaptação do veículo;
- Insumos e equipamentos;
- Legalização.
Apesar do formato pouco convencional, o pet shop móvel é um empreendimento como tantos outros. Sendo assim, precisa estar fundamentado em um plano de negócio (que inclui coisas como o nome da empresa, a descrição dos serviços, o público-alvo, o detalhamento das operações etc.)
O segundo item é o próprio veículo, que pode ser uma van ou um furgão. Existem vários modelos no mercado, e cabe a você encontrar o melhor para o seu futuro pet shop móvel. Se for usado, lembre-se de olhar atentamente a documentação e o estado do veículo – não foque apenas no preço.
Naturalmente, o veículo terá que ser adaptado para ser usado como pet shop. É pouco provável que você encontre um pronto para uso, então terá que contratar uma empresa especializada para fazer a adaptação.
Para banho e tosa, seu veículo terá que ter uma banheira apropriada; uma mesa de tosa; jato de água com temperatura controlada; dois tanques de água (um para suja e um para limpa); secador; e um gerador de energia.
Da mesma forma que acontece com um convencional, o seu pet shop móvel precisa de uma bela fachada. Isso normalmente é feito com adesivagem ou envelopamento. Procure um bom designer para fazer a criação, e uma empresa especializada para executar o processo que vai fazer essa “transformação” do seu veículo.
Finalmente, lembre-se de formalizar o negócio e adquirir toda a documentação necessária para operar. Negligenciar isso pode prejudicar seriamente as operações.
Agora que você sabe como começar, é importante aprender a evitar as principais armadilhas.
Seis coisas para NÃO fazer
Existem 6 erros que muitos donos de pet shop móvel acabam cometendo:
Subestimar os custos: Embora sejam menores que os de um pet shop tradicional, é importante gerenciá-los com bastante cuidado. Além do investimento inicial para comprar equipamentos e preparar o veículo, é preciso lembrar dos gastos recorrentes, como insumos, manutenção de equipamentos, gasolina, seguro etc.
Não planejar rotas com eficiência: A pontualidade é crucial para o sucesso de um pet shop móvel, e ela depende de um bom planejamento de rotas. Se você não souber se deslocar com eficiência até a casa dos clientes, corre o risco de desperdiçar tempo e dinheiro, além de prejudicar a reputação do seu negócio;
Descuido com a higiene do veículo: A lógica é a mesma que a de um pet shop tradicional – a limpeza é indispensável. Quem se descuida passa uma má impressão aos clientes, e coloca em risco a saúde dos pets e também dos próprios colaboradores;
Marketing pouco efetivo: Muitos clientes em potencial nem sabem que esse tipo de empreendimento existe. Quem fizer uma divulgação melhor vai sair na frente – e, sem um bom marketing, seu negócio não vai conseguir decolar;
Descumprir regulamentações: Esse erro pode fazer com que sua empresa seja fechada. Para ficar por dentro das normas da sua cidade, consulte o Conselho Regional de Medicina Veterinária e a Vigilância Sanitária mais próximos;
Não investir em tecnologia: Um sistema de gestão ineficiente ou desatualizado pode dificultar a aquisição de clientes e o gerenciamento do negócio. Em contrapartida, um sistema completo, que ajude a gerenciar todos os aspectos da empresa (do financeiro à comunicação com os clientes) vai facilitar a sua vida e turbinar seus resultados.
Falamos de como começar e, também, sobre como não errar… Quer mais? Confira nosso artigo sobre como aumentar a lucratividade de um pet shop e sobre como ter um serviço de banho e tosa mais eficiente!
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Fonte da imagem: Freepik